EX: DOMESTICA FATURA QUASE 80 MIL REAIS POR MÊS

Ex-doméstica vira empresária e hoje fatura quase R$ 80 mil por mês
Uma pesquisa revela que as mulheres comandam quase metade dos novos negócios no Brasil – representam 49,5% dos novos empresários. Em São Paulo, uma empresária, que já foi doméstica, se tornou dona do próprio negócio. Ela abriu uma fábrica de sacolas retornáveis e se destaca no mercado.
“Pela forma da mulher ter iniciativa ela já pensa muito mais antes de começar e na hora que começa ninguém segura”, diz a bancária Ana Cristina Mendes. “Com um negócio próprio ela tem possibilidade de conciliar tanto as atividades do lar quanto as atividades profissionais”, acrescenta a gerente de RH Rosemeire de Almeida.
A pesquisa nacional divulgada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) também revela que nas regiões Sul e Nordeste, 52% dos novos negócios são comandados pelo sexo feminino.
“O estilo de liderança, a sensibilidade. Elas conseguem interpretar melhor o que os clientes desejam, então, elas antecipam essas necessidades transformando essas
ideias em oportunidades de negócio”, diz Fábio Souza, do Sebrae Grande ABC/SP.
A empresária Lucineide do Nascimento é um exemplo da competência feminina na gestão do negócio. Ela já foi empregada doméstica e hoje tem uma fábrica de sacolas ecológicas na zona sul de São Paulo. A potiguar, que nasceu na cidade de Natal, montou o negócio em 2007. Os principais clientes dela são empresas que encomendam brindes personalizados. “E aí eles foram passando de um para o outro, boca a boca, né”, diz.
As “ecobags” são feitas de algodão cru por quatro funcionárias. A produção média é de 10 mil itens por mês e o faturamento mensal chega a R$ 76 mil.
Quando deu início ao negócio, Lucineide enfrentou problemas comuns entre novos empreendedores. Por exemplo, ela confundia o caixa da empresa com o da família e, mesmo faturando bastante, acabava passando por problemas financeiros. A ex-empregada buscou, então, cursos de capacitação, aprendeu a administrar e começou a investir em inovação.”
Com as sacolas dobráveis, a empresa se destacou no mercado. Elas são práticas e fáceis de carregar e guardar. Lucineide do Nascimento aposta agora em novos produtos, como as bolsas feitas de garrafas pet.
“A minha empresa é a única que eu saiba que começou a fazer junto aos empresários essa parceria de está oferecendo para eles, demonstrando para eles que o nosso lixo é rico, e está mostrando para eles também o que nós podemos estar reciclando”, comenta Lucineide.
O mais importante é que a empresária colocou em dia as finanças da empresa. Ela participou de uma oficina do Sebrae sobre fluxo de caixa e aprendeu a separar a pessoa física da jurídica.
“Com o fluxo de caixa, ele começa a listar, relacionar todas as despesas feitas como pessoa física, o que a gente chama de pró-labore. Depois ele vai definir o quanto de pró-labore existe naquela determinada empresa”, explica Fábio, do Sebrae.
Um atacadista de roupas, no bairro Bom Retiro, usa as sacolas ecológicas. O
produto foi encomendado para servir de brinde e caiu no gosto das clientes.
“Elas utilizam até na cidade delas. Elas utilizam para levar mercadoria na casa das clientes delas mesmo, porque algumas levam na casa dos clientes mesmo a mercadoria. Elas falam que é muito bom”, afirma a gerente Fabiana Fabri.
O sucesso veio antes do esperado para a empresária, que agora está negociando com grandes empresas o fornecimento das sacolas ecológicas. “Eu estou muito feliz, muito realizada profissionalmente porque eu já estou tendo meu retorno a curto prazo e a tendência é esse mercado não voltar e sim crescer”, aposta a empresária.
Fonte: PEGN TV



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