A Polícia Civil de Alagoas e o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público não sabem determinar o montante movimentado pela quadrilha presa na última sexta-feira, dia 11, durante operação policial deflagrada em Piranhas (AL), Canindé do São Francisco (SE) e Paulo Afonso (BA).
Entretanto, a polícia acredita que o bando tenha movimento milhões de reais, dado o tempo de atuação e a organização da célula criminosa. Os bando teria participação em pelo menos 10 assaltos.
Na manhã desta segunda, dia 14, a polícia apresentou Ângela Maria Estevam Bezerra, 25 anos, e Jair Sandro dos Santos, 27; presos em Canindé do São Francisco (SE), Josenildo Machado Lima, 42 anos, o “Tóia”, preso na cidade de Paulo Afonso (BA), e os irmãos Everaldo João de Sá, 32, e Josenilton de Sá, de 37 anos, conhecido como “Sapo”, este último apontado como muito violento e segundo na hierarquia da quadrilha. Durante a operação, Jean Lopes, que seria o líder do bando, morreu durante troca de tiros.
Os presos foram apresentados à imprensa pela coordenadora da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), Ana Luíza Nogueira, pela coordenadora da Seção de Combate a Assaltos a Bancos (Serb), Maria Angelita, pelo promotor Luiz Vasconcelos e diretor de polícia judiciária da área, Robervaldo Davino.
Durante a apresentação, o delegado Robervaldo Davino disse que além do trabalho da polícia e do Gecoc, é fundamental a intensificação na fiscalização em pedreiras e obras de construtoras no interior do Estado para impedir que os explosivos sejam utilizados pelas quadrilhas nos assaltos às agências bancárias no interior de AL. Davino também questionou o porquê desses estabelecimentos (bancos) permanecerem abertos durante a madrugada, facilitando o acesso dos criminosos.
A delegada Maria Angelita informou que o bando apresentado hoje tem participação comprovada no assalto às agências do Banco do Brasil em São José da Tapera e Piranhas. O bando também teria agido no assalto a outra agência no sertão, em Maravilha. Um dos acusados também foi reconhecido pelo proprietário da Frontier prata utilizada nas duas ações criminosas.
Maria Angelita explicou, ainda, que o bando agia há tempos em Sergipe, Bahia e Alagoas, demonstrando uma grande logística, inclusive com a utilização de equipamento eletrônicos, e muita violência. Os acusados negaram participação nos crimes e ficarão à disposição da Justiça alagoana.
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