VILELA ANUNCIA PAGAMENTO 13º SALÁRIO




Vilela anuncia pagamento do 13º, fala sobre segurança e alfineta Collor
Governador diz que Brasil mais Seguro está dando certo, mas ainda não está satisfeito



Por Gabriela Flores e Vanessa Alencar
Em entrevista coletiva à imprensa na tarde desta segunda-feira (16), o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) anunciou o pagamento, nesta quarta-feira (18) do décimo-terceiro salário para todas as faixas do funcionalismo público. Vilela também respondeu aos questionamentos dos jornalistas sobre temas como segurança pública e saúde e alfinetou o senador Fernando Collor (PTB), um dos maiores críticos de sua gestão.
Em relação aos pleitos dos policiais militares, que paralisaram as atividades em alguns batalhões na semana passada e ameaçam aquartelamento, o governador  lembrou que a remuneração da polícia alagoana é acima da média do Nordeste, mas reafirmou seu compromisso para o realinhamento salarial, que será efetivado quando houver espaço na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF): “Vamos continuar dialogando com a categoria e contando com o espírito cívico da maioria dos policiais militares”.
Vilela também defendeu o Programa Brasil Mais Seguro, implantado em Alagoas há um ano e meio aproximadamente e alvo de críticas de diversos setores da sociedade.  “O programa está dando certo, mas ainda não está dando os resultados que queremos”, afirmou, lembrando que, somente este ano, 2.200 pessoas foram presas nas operações policiais conjuntas realizadas sistematicamente no Estado: “Vamos vencer essa guerra, mas ainda não estou satisfeito com os resultados”.
Questionado sobre os dados supostamente conflitantes do programa, o governador foi enfático: “Esse governo não mascara informações. Podem ser boas ou ruins, mas são números reais, transparentes”. Ele destacou também o investimento de R$ 150 milhões em segurança pública no biênio 2013/2014 e listou algumas ações que estão sendo concluídas na área, a exemplo da instalação das novas câmeras do vídeomonitoramento, inauguração de trinta bases de comunitárias em Maceió e no interior e a contratação dos 1.400 policiais, sendo mil militares e 400 civis.
Saúde
Outro ponto polêmico: a saúde pública, também foi abordado pelo governador durante a coletiva. Vilela disse que houve muitos investimentos no setor, mas que “não estava nada satisfeito com o serviço de saúde prestado no Estado e nos municípios”. “O Hospital Geral do Estado (HGE) é lotado porque as pessoas não são atendidas nos municípios”, afirmou.
Para tentar minimizar os problemas, o chefe do Executivo anunciou que, nesta quinta-feira (18) serão inaugurados mais 99 leitos no HGE e, até o final do ano, duas Unidades de Pronto Atendimento à Saúde (UPAs), uma no bairro do Benedito Bentes e outra no Vergel do Lago.
Ele lembrou que o prefeito Rui Palmeira (PSDB) tem sido um grande parceiro, colaborando para melhorar o atendimento e chamou a atenção para o fato de mais de70% da população de Maceió não ser beneficiada pelo Programa Saúde da Família (PSF).
Investimentos
Sobre o abastecimento de água e a seca que ainda assola muitas cidades alagoanas, a promessa é que, após um investimento de R$ 400 milhões, até o final de 2014 todas as casas do Sertão e do Agreste terão água tratada em suas torneiras.
Vilela rebateu ainda as críticas de que as obras realizadas em sua gestão são com recursos federais: “Quem afirma isso está enganado. Porque só agora os recursos federais estão chegando? Porque agora temos projetos bons, aprovados. Antes o Estado vivia no Cadastro Único de Convênio (CAUC) e não podia receber recursos. Hoje o Estado tem o dinheiro para a contrapartida”.
Fernando Collor
Ainda se referindo às críticas dos opositores, o governador alfinetou seu principal adversário político: Fernando Collor, lamentando que ele tenha transformado um jornal centenário em um “panfleto eleitoral”.  “Ele (Collor), que já foi presidente da República, teve uma grande oportunidade e não fez nada por Alagoas. Falar é fácil, mas fazer é mais difícil”, disparou.
Sobre uma possível candidatura ao Senado – que seria a razão por trás de toda a “ira” do senador petebista – Vilela disse que só trataria de política no próximo ano. “Farei isso em abril, na data limite que a legislação eleitoral permitir, porque agora é momento de continuar de mangas arregaçadas trabalhando por Alagoas”.
Questionado sobre a crise na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), o governador também não entrou em detalhes: “Recebi a informação que os integrantes da Mesa Diretora querem conversar comigo. Vou ouvi-los e procurar encaminhar da melhor forma dentro das nossas possibilidades”.
Os servidores legislativos ameaçam boicotar a votação do Orçamento para 2014, marcada para quarta-feira (18), caso o Poder Executivo não envie à Casa de Tavares Bastos a suplementação financeira necessária para o pagamento do salário deste mês e do décimo-terceiro.

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