SAÚDE PLANTÃO 082


Vitamina C injetável pode ajudar no tratamento contra câncer, diz estudo


BBC
Vitamina C injetável pode ajudar no tratamento contra câncer, diz estudo
Vitamina C injetável pode ajudar no tratamento contra câncer, diz estudo
Altas doses de vitamina C podem aumentar a eficácia dos tratamentos de quimioterapia em pacientes com câncer, sugerem pesquisadores da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos.
O estudo, divulgado na publicação científica 'Science Translational Medicine', afirma que doses injetáveis de vitamina C podem ser um coadjuvante eficiente, seguro e barato no tratamento de mulheres com tumor nos ovários.
Na década de 1970, o químico Linus Pauling defendeu que a administração intravenosa de vitamina C poderia ser eficiente contra o câncer.
No entanto, testes clínicos em que a vitamina era ingerida pela boca falharam em replicar o mesmo efeito, e as pesquisas foram abandonadas.
Hoje se sabe que o corpo humano expele rapidamente a vitamina C quando ingerida pela boca.
Na pesquisa, os especialistas injetaram vitamina C em células cancerígenas do ovário em laboratório. Eles também repetiram o experimento em camundongos e em 22 pacientes com câncer de ovário.
Eles observaram que as células cancerígenas que receberam vitamina C em laboratório reagiram à substância, enquanto as células normais não foram afetadas.
Em camundongos, a vitamina C reduziu o crescimento do tumor e os pacientes com câncer que receberam injeções com a substância disseram ter sofrido menos dos efeitos colaterais da quimioterapia.
Sem patente
A pesquisadora Jeanne Drisko disse que há um interesse crescente entre oncologistas de testar o poder da vitamina C no tratamento contra o câncer.
'Pacientes estão buscando opções eficientes e mais baratas de melhorar os efeitos do tratamento', disse ela à BBC News.
'E a vitamina C intravenosa tem esse potencial, como indica nossa pesquisa científica e resultados dos primeiros testes'.
Um possível obstáculo ao avanço das pesquisas é falta de disposição das empresas farmacêuticas em financiar testes, porque não há como patentear a vitamina C - um produto natural.
'Como a vitamina C não tem potencial para patente, seu desenvolvimento não deverá ser apoiado pelas farmacêuticas', disse o pesquisador Qi Chen.
'Mas acho que chegou a hora de as agências de pesquisa apoiarem de forma vigorosa os testes clínicos com essa vitamina'.
A médica Kat Arney, da instituição Cancer Research UK, disse que há uma longa história de pesquisas sobre os efeitos da vitamina C sobre o tratamento contra o câncer.
'É difícil dizer com uma pesquisa tão pequena (com apenas 22 pacientes) se altas doses da vitamina podem aumentar os índices de sobreviência ao câncer. Mas já é interessante o fato de que diminuíram os efeitos colaterais da quimioterapia.'
Fonte: BBC
SAÚDE

Após descobrir diabetes, natalense muda estilo de vida e perde 21 kg


Arquivp pessoal/Karla Lidyane Rocha da Silva
Karla perdeu 21 kg após descobrir que era diabética; fotos mostram antes e depois
Karla perdeu 21 kg após descobrir que era diabética; fotos mostram antes e depois
Aos 28 anos de idade, a natalense Karla Lidyane Rocha da Silva descobriu que tinha diabetes após passar mal em uma viagem de Natal a Guamaré, cidade onde mora, no Rio Grande do Norte. “Quando desci do ônibus, desmaiei. Fui para a enfermaria e minha glicemia estava alta, então a médica pediu que eu fizesse exames para ver se tinha algo errado”, lembra a bibliotecária, hoje com 30 anos.
Assustada, ela procurou um endocrinologista e, depois de fazer vários exames, acabou recebendo o diagnóstico da doença. “Meu pai e avô são diabéticos, mas eu não nasci assim. Desenvolvi por causa dos maus hábitos que levava”, conta. O médico orientou Karla a se cuidar e a melhorar a alimentação, mas o alerta não pareceu funcionar no começo. “Quando soube que estava doente, eu não quis fazer o que ele me pediu e me revoltei. Comecei a comer tudo o que via pela frente”, diz.
Não demorou para a revolta de Karla logo trazer consequências – ela voltou a passar mal e foi parar no hospital. “Depois do diagnóstico, engordei ainda mais. Tenho 1,65 m e estava com 79 kg na época”, lembra. A iniciativa de mudar e seguir as orientações médicas veio só depois de um apelo de sua mãe, bastante preocupada com a situação da filha. “Eu sou filha única, então ela disse que só tinha a mim no mundo e que precisava de mim para viver. Então, ou eu me salvava ou seria ruim para todo mundo”, conta a natalense.
Por causa do excesso de peso, Karla chegou também a perder o namorado – o rapaz, que era esportista, terminou o relacionamento e enfatizou que estava fazendo aquilo “porque ela estava gorda e saía feia nas fotos”. “Ele disse que não conseguiria se relacionar com uma pessoa que não se cuidasse. Não acho que ele estava com razão, mas não fiquei tão mal na época porque o fato de eu estar acima do peso era normal na minha cabeça”, lembra.
Após todos esses sinais de que precisava tomar uma atitude, Karla começou aos poucos a fazer pequenas mudanças em seu dia a dia. “Tem uma nutricionista no meu trabalho que sentou comigo, me orientou e colocou a mudança na minha cabeça, aí comecei a fazer uma dieta”, lembra.
A bibliotecária, que estava acostumada a comer bolos, salgados, massas e a tomar muito refrigerante, teve que se conscientizar de que sua alimentação era ruim, principalmente por causa da diabetes. “Eu tinha uma conta em um restaurante perto de casa, que eu pagava no fim do mês. Não me dava ao trabalho de sair para comer, então pedia sempre panqueca, pizza ou algo desse tipo”, diz.
Uma das principais mudanças que Karla fez foi cortar o refrigerante. “Fora isso, comecei a substituir pão normal por integral, queijo amarelo por queijo branco e diminuí quase totalmente as massas. Hoje eu convivo muito bem sem açúcar e sou fã de saladas”, conta satisfeita.
Para a tristeza do dono do restaurante, Karla fechou a conta que tinha e passou a fazer sua própria comida. “Não como mais do jeito que eu comia antigamente. Faço minhas refeições a cada três horas e me alimento sempre bem”, diz.
Junto com a alimentação, a natalense resolveu se arriscar também na atividade física e começou fazendo pequenas caminhadas na rua. “Em Guamaré, as pessoas não têm o hábito de fazer esporte, então me viam caminhando na rua e achavam que eu era doida”, lembra, aos risos.
Mesmo com os olhares, ela continuou se exercitando e, quando percebeu, já estava correndo. “Hoje corro 6 km por dia e até participo de corridas de rua. Comecei também a fazer natação e agora estou fazendo treinos funcionais”, conta.
Os novos hábitos logo refletiram na balança e Karla saiu dos 79 kg para os 58 kg. “Perdi 21 kg. A meta era que eu chegasse aos 60 kg, peso que me ajudaria a controlar a diabetes, mas eu perdi mais 2 kg para ficar mais à vontade”, diz. Atualmente, com o novo peso e com a doença controlada, ela acredita que é possível criar um novo caminho na vida e ser saudável. “Não precisa ser metódico o tempo todo, mas dá para viver melhor e dá para conviver com a diabetes. Tudo melhorou, é um milagre. Hoje sou muito mais saudável e, para mim, isso tudo é uma vitória”, finaliza.
Fonte: Bem Estar

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