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Cerca de 400 pessoas participaram do evento que chegou a ser proibido e liberado posteriormente. 1ª Marcha da Maconha em Maceió
Por Paulo Chancey Junior
A 1ª Marcha da Maconha de Maceió, realizada na tarde deste domingo (18), não foi tão tranquila como esperava a organização. A falta de documentações que liberassem o movimento, forçaram SMCCU e PM a impedirem o evento, gerando clima de tensão no local de concentração, que foi acalmado posteriormente após a liberação da passeata.
Desde as 14h00, a concentração havia sido iniciada no antigo Alagoinhas, com a chegada de adeptos e a confecção de faixas e cartazes. Antes mesmo do problema, uma das líderes do movimento, Tatiana Nicácio, apontou o movimento como político, para tratar da criminalização da maconha.
“Aqui se trata de um movimento que irá debater com os poderes e a sociedade sobre a liberação da maconha. Não protestamos contra as pessoas que são contra, mas como classificam a maconha. Na verdade, eles criminalizam e é isso que queremos mudar”, afirmou.
A todo momento os participantes chegavam, uma vez que 1.100 confirmações foram feitas nas redes sociais, mas a organização esperava a metade deste público presente na passeata.
No entanto, apesar de não haver qualquer tipo de diálogo, SMTT, SMCCU, Polícia Militar, BOPE e a Cavalaria da PM estavam próximos da concentração do movimento.
Depois da iniciativa da própria imprensa, as partes tentaram acordo, mas a falta do protocolo de liberação da prefeitura impedia a marcha. A organização afirmava que há dois meses tentava a liberação e que na última sexta-feira não confirmaram a liberação, mesmo assim, deixavam claro que o movimento não precisaria destes documentos.
Por outro lado, os órgãos públicos não liberaram, apontando a falta de segurança para ambas as partes para proibir a saída do grupo. Por conta da proibição, o clima tenso se espalhou, tendo em vista que os adeptos ameaçaram sair e o reforço policial, com a chegada de mais quatro viaturas do BOPE e da RP, já se preparavam para um possível conflito.
Porém, a própria PM resolveu liberar o movimento, tendo em vista o grande movimento na orla e assim, o grupo seguiu em caminhada até o Posto 7, onde fará outra concentração, onde acontecem apresentações culturais.
A marcha da maconha acontece no Brasil desde 2011, sendo realizado com grande número de adeptos em várias capitais e segundo a organização local, não precisa de qualquer documento para liberação do evento.
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