Vilela se despede acusando governo federal de ‘sabotagem’
O governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) fez um longo balanço dos seus oito anos de governo em uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, dia 26, no Palácio República dos Palmares. Em meio aos números da máquina administrativa ao longo de quase uma década, o governador acusou o governo federal de sabotar o estaleiro no Estado.
“Nós fomos sabotados no estaleiro. É difícil acreditar que o estaleiro na Bahia saiu em cinco meses e o nosso em cinco anos ainda está em negociação”, lamentou o chefe do Executivo. Na avaliação de Vilela, a não instalação do estaleiro foi uma opção pessoal da presidente Dilma Roussef.
O governador ainda fez duras críticas ao corte de recursos federais para o Estado. Segundo ele, apenas na área da saúde o corte girou em torno de 30%, o que representou R$ 42 milhões a menos para investimentos na área de saúde no Estado.
Vilela voltou a reclamar da dívida pública, de que todo dinheiro pago por Alagoas não foi revertido para o estado e que mesmo assim sua administração conseguiu honrar com os compromissos junto aos municípios alagoanos e que ele promoveu uma política apartidária, independente de quem votou nele ou não. "80% do orçamento ficou comprometido e trabalhei com essa realidade durante os oito anos", disse o governador.
A poucos dias de deixar o governo, Vilela fez uma análise da sua gestão, dizendo que algumas das suas políticas foram ‘incompreendidas’, mas destacou ser inegável o avanço nas diversas áreas da administração pública.
Segurança Pública
Apesar dos índices negativos em relação ao número de homicídios e a constante divergência em relação aos dados apresentados por organismos não governamentais, o governo do Estado informa que o número de mortes caiu de 75 - por 100 mil habitantes - em 2011 habitantes para 64,9 - por 100 mil habitantes - em 2013.
"É importante lembrar também que 90% dos homicídios possuem envolvimento com drogas e Alagoas é muito vulnerável à entrada desses componentes pelas divisas", diz Vilela ao culpar a Polícia Federal pela vulnerabilidade.
Além disso, Vilela ressaltou o trabalho realizado pela Secretaria da Paz, que foi criada durante seu mandato. De acordo com dados oficiais, a secretaria contabilizou 15 mil atendimentos a dependentes químicos e conta com 43 comunidades acolhedoras.
"Foi o primeiro estado do Brasil a criar um programa de atendimento químico. Ele foi mal interpretada no início, hoje esse projeto de secretaria é copiado por vários outros estados", informa. Ainda para Vilela, a secretaria conseguiu um índice de recuperação de quase 40% de dependentes químicos por meio das comunidades.
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