Você conhece o vírus Mayaro?
Infectologista explica o novo risco de epidemia transmitido pelo Aedes aegypti
Mais um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti gera preocupação quanto a uma possível epidemia. Esse vírus chama-se Mayaro e seus sintomas são parecidos aos da dengue, zika e chikungunya. O vírus foi detectado pela primeira vez em Trinidad e Tobago, em 1954. Desde então, os surtos sempre foram em áreas isoladas, como Amazônia e seus arredores. Porém, recentemente, foi descoberto um caso de febre hemorrágica em um menino de oito anos na zona rural do Haiti. Este pode ser um indício de que o vírus está se espalhando pelo Caribe.
“O mayaro causa febre, mialgia (dor muscular), cefaleia (dor de cabeça), exantema (erupção cutânea) e dores articulares severas”, explica a infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão Dra. Andreia Maruzo Perejão. De acordo com a infectologista, diferenciar os sintomas do mayaro dos demais vírus transmitidos pelo Aedes aegypti é uma tarefa difícil. “Os sinais são praticamente os mesmos. No entanto, na maioria das vezes, evolui com dores articulares mais intensas e edema de proporções maiores. Contudo, apenas com exame laboratorial específico podemos ter certeza da detecção do vírus”, aponta.
Quanto ao tratamento, a Dra. Andreia enfatiza que há somente medicação sintomática enquanto o ciclo de vida do vírus não chegar ao fim. “Geralmente, é uma doença que se resolve espontaneamente. Porém, há dores articulares e edemas que podem durar meses e incapacitar o paciente por esse período. Existe, inclusive, o risco de inflamação do cérebro (encefalite), entretanto não há relato de mortes”, afirma.
A infectologista do São Cristóvão comenta ainda que, a princípio, se pegar o mayaro uma única vez, a pessoa ficará imune. Mas, ela alerta que mutações podem ocorrer, alterando o comportamento do vírus.
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