O crime ocorreu no dia 28 de março de 2013, em um terreno baldio próximo a uma escola. A vítima teria saído cedo de casa para caminhar quando foi abordada pelo réu. O julgamento foi conduzido pelo juiz Alfredo Mesquita.
De acordo com a promotoria, o réu trabalhava como auxiliar de serviços gerais em um circo que estava na cidade e, no dia anterior ao crime, teria recebido a quantia de R$ 40,00 do dono do circo e passou a noite bebendo. Na volta, encontrou a vítima, que acordava cedo para caminhar, a imobilizou, abusou sexualmente dela e a matou com quatro golpes de faca no pescoço.
Ao fazer a busca no local do crime, a polícia encontrou uma carteira contendo foto do acusado, além de documentos. A perícia constatou que Eliene também foi abusada sexualmente e colheu o material genético encontrado na vítima. Após o réu ser preso, no município de Taquarana, foi comparado o material genético de Rubens com o encontrado no corpo da vítima e o exame de DNA comprovou que era o mesmo.
O mecânico Rodrigues Alves da Silva foi a única testemunha ouvida durante o julgamento. Rodrigues contou que sempre acordava cedo para fazer caminhadas e teria visto a vítima próximo à sua casa e, segundo ele, longe do local do crime, por volta das 4h55.
“Na hora que eu cheguei na minha oficina, por volta das 8h, eu soube que tinham encontrado uma menina morta perto do colégio. Quando eu cheguei em casa meio dia, soube que era a mesma menina que eu tinha passado por ela”, afirmou.
Durante o interrogatório, o réu permaneceu calado. O promotor de Justiça, Napoleão Amaral Franco, passou para os jurados um vídeo em que o réu apareceu confessando o crime.
“A vítima foi punida por ter nascido mulher, bonita e frágil. O réu era grande e forte, apelidado de Huck, com uma faca na cintura rendeu a vítima, a violentou e ainda faz uma carnificina que envergonha qualquer ser humano. Imaginem a dor da família da vítima, que só não é maior porque a dor foi dividida com toda a sociedade de Olho D'Água das Flores. A morte de Eliene atingiu todos os cidadãos do município”, disse o promotor.
O defensor público Marcos Antônio da Silva questionou partes do depoimento do réu quanto ao linguajar descrito no inquérito policial. Segundo a defesa, o depoimento não condiz com a escolaridade de Rubens.
“A defesa técnica não vai ser hipócrita em dizer que não houve estupro ou que não houve golpes de facas. Mas se não existia nenhuma testemunha ocular, como é que se sabe como se deram os fatos. Eu sei, sim, que a vítima faleceu e que houve a coleta de sêmen, mas não sei se ele primeiro matou ou se estuprou”, disse.
Marcos Antônio também relatou que o acusado foi abusado após ser preso. “Esse cidadão está usando bolsa de colostomia [dispositivo utilizado quando não é possível controlar os intestinos voluntariamente], porque no município de Santana do Ipanema ele foi brutalmente abusado”.
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