CERVEJA SAQUEADA NESTA SEXTA FEIRA 13 DE OUTUBRO

Caminhão tomba após sair da pista e carga de cerveja é saqueada em Messias


Caminhão tombou em uma curva (Crédito: TV Pajuçara / Henrique Pereira)
Um caminhão carregado de grades de cerveja e refrigerantes tombou, em uma curva na BR-104, próximo a Messias, na tarde dessa quinta-feira (12), e a carga, que era levada para Recife, foi saqueada.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o condutor perdeu o controle da direção, e o veículo saiu da pista e tombou em uma região de declive, às margens da rodovia.
Ainda segundo a PRF, havia duas pessoas no caminhão, que ficaram feridas. O motorista, identificado como Cristóvão Alves, foi quem teve ferimentos mais graves, e foi socorrido pelo Grupamento Aéreo da Secretaria de Segurança Pública para o Hospital Geral do Estado. A outra pessoa não foi identificada.
Nesta sexta pela manhã, o repórter Henrique Pereira, da TV Pajuçara, ainda conseguiu flagrar algumas pessoas terminando de levar a carga de cervejas

Ainda que não festejem publicamente, os três senadores de Alagoas saíram ganhando com a decisão do STF no caso Aécio Neves.
Concretamente: o senador tucano fica no cargo até que perca o mandato. Até lá, sabe-se, ele não será julgado e/ou condenado pelos ministros do Supremo.
O caso da representação de Alagoas no Senado é muito particular: os três, em tese, deveriam ser afastados dos mandatos – como muito bem pontuou o ministro Gilmar Mendes -, se o STF mantivesse a decisão sobre Aécio, o senador que virou pó.
É lembrar: Renan é réu no Supremo, pelo caso Mendes Júnior (de 2007!), desde dezembro do ano passado; Collor virou réu na Lava-Jato, em agosto último – e chegou a ser citado pelo ministro Gilmar, na sessão de quarta-feira; e Biu de Lira foi denunciado pela PGR ao Supremo desde setembro de 2015.
Ou seja: o STF recuou, mas poderia ter feito o inverso, ou muito pelo contrário, ou, ainda, poderia ter mudado a decisão que teria tomado em caso de acórdão diferente.
Está claro, não?
Se não, a boa nova para os senadores alagoanos – e não só eles – é que tudo fica como está.
Pelo menos enquanto nós formos do jeito que somos.
O deputado Rodrigo Cunha, de ótima presença no parlamento estadual, não é um orador com a contundência de um Mendonça Neto, por exemplo.
Mas quem o é por esses tempos?
Paulatinamente, no entanto, o jovem advogado, que exerce o seu primeiro mandato, vai endurecendo o discurso de oposição, coisa cada vez mais rara em Alagoas – e não é de hoje.
Recentemente, Cunha fez referência a uma suposta “monarquia”, numa alusão à família Calheiros, que está hoje no poder.
É um evidente processo de mudança de forma e conteúdo na fala do tucano – que pode ser candidato, inclusive, ao Senado, no próximo ano.
É um nome que “assusta” os velhos caciques da política local. Claro: sem a garantia, que ninguém pode dar, de uma vitória nas urnas em caso de uma disputa mais ousada.
Ressalte-se, por importante no cenário das eleições locais, que Rodrigo Cunha tem estreitado os laços com o prefeito Rui Palmeira, apontado pelos palacianos como o “inevitável” adversário de Renan Filho nas urnas de 2018.
Se isso vai acontecer, deixo a aposta para os que creem nos sinais dos búzios.
Talvez seja a imaturidade, ainda; talvez seja a orientação da equipe de marketing político-eleitoral, a assessoria mais destacada do governo.
Mas não é um bom negócio brigar com fatos, por mais dolorosos que eles nos sejam.
Ao rechaçar os números do estudo divulgado hoje pelo Unicef, sobre mortes de adolescentes no Brasil  e particularmente em Alagoas, o governador Renan Filho comete um erro: o de achar que o combate à violência se dá quase que exclusivamente com as forças de segurança.
A redução existiu, desde 2014, é verdade, mas a dimensão da tragédia ainda não nos permite dizer que saímos do fundo do poço.
As polícias têm trabalhado como nunca, e isso é verdade. Mas as áreas essenciais, estratégicas, transformadoras do perfil de um povo, continham engatinhando, sem avanços críveis e visíveis.
É possível até – e tomara que assim seja – que o futuro mostre uma mudança em curso, ainda que nos seja imperceptível por enquanto.
O governador tem, sim, acertos no combate à violência, apesar de que este ano os números já não parecem tão favoráveis – dentro do limite possível e previsível para as polícias.
Mas a prevenção exige mais do que ações policiais.
Ser o segundo estado do Brasil onde morrem mais adolescentes (só no Ceará o quadro é pior), como aponta a Unicef, exige uma postura de humildade e um olhar no futuro, persistente, que vá além das disputas nas urnas.
Estamos falando de políticas de Estado, contínuas, que se imponham pela qualidade e objetivos claros, sem mesquinhez eleitoreira e imediatista.
A miséria, a desigualdade e a violência são uma construção histórica, é inegável, mas a ninguém que esteja no poder é dado o direito de criar seus próprios fatos.
Jogar tudo, como nos parece, nas costas da Segurança Pública só faz confirmar a mediocridade desses tempos em que vivemos.
Isso vale para todos, mas traz um peso maior para quem tem por responsabilidade comandar os destinos de um povo.
Se “subdesenvolvimento não se improvisa”, como dizia Nélson Rodrigues, o mesmo vale para quem quer combatê-lo honestamente.
  
  Fonte :  Ricardo Mota   TNH1

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