Família acusa policiais de espancar homem em Capela
Os militares teriam reagido desproporcionalmente ao tentar separar uma briga, resultando na morte do homem Uma grave denúncia foi feita nesta terça-feira, 14, contra policiais do Grupamento de Polícia Militar (GPM) de Capela, na Zona da Mata de Alagoas. Um homem teria falecido após ser espancado por militares que separavam uma briga no centro da cidade.
Givanildo Alves da Silva, de 43 anos, estaria bebendo com conhecidos noite do último domingo (12), na Praça do Torquato, naquele município, quando duas pessoas que estavam com ele começaram a brigar e ele tentou intervir.
Logo depois, três policiais militares, um deles uma mulher a quem ouviram os outros chamar de ‘tenente’, chegaram no local e tentaram acabar com a confusão. Porém, os policiais teriam usado força desproporcional, agredindo os homens com socos, chutes e com cassetetes e conduzindo-os até o GPM, aonde a sessão de agressões físicas teria continuado.
A vítima, que tinha uma deficiência física em um dos braços, teria sido bastante agredida, principalmente nesta parte do corpo.
De acordo com os denunciantes, as torturas só teriam cessado após a comunidade se dirigir até a unidade policial e pressionar para que os homens fossem soltos. Um amigo da vítima, de 26 anos, que também teria sido agredido pelos militares, foi hoje até o IML para a realização do exame de corpo de delito. Ele mostrou as marcas à nossa equipe de reportagem.Mais tarde naquela mesma noite, já em casa, Givanildo teria ido dormir em companhia da esposa, que não quis se identificar, e amanheceu morto. A família acredita que a morte tenha acontecido por alguma hemorragia interna causada pelas pancadas. O seu corpo foi recolhido até o Instituto Médico Legal Estácio de Lima, em Maceió, na tarde de ontem, onde permanece até agora à espera do resultado do exame de necropsia.
A vítima sobrevivente, junto com familiares de Givanildo, disseram que após receberem o laudo no IML irão até a Corregedoria da Polícia Militar formalizar a denúncia.
A equipe do Alagoas24Horas entrou em contato com a assessoria de comunicação da Polícia Militar do Estado, que disse desconhecer o caso e até o momento não se pronunciou oficialmente.
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