CORRUPÇÃO NO BRASIL

Fachin manda para Moro denúncia contra Cunha, Geddel, Henrique Alves e Loures                                                                                                               
                                                                 
Após a Câmara dos Deputados suspender a tramitação da denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Especial da Presidência), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu desmembrar o processo, enviando para a primeira instância as investigações contra os outros acusados sem foro privilegiado.


Ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, em Curitiba, Fachin enviou parte da denúncia por organização criminosa referente ao ex-deputado cassado Eduardo Cunha, ao ex-ministro Henrique Eduardo Alves, ao ex-deputado Geddel Vieira Lima e Rodrigo Rocha Loures.


Os acusados foram apontados pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como responsáveis por formar um grupo criminoso que atuava em nome do PMDB na Câmara. Segundo a denúncia, eles ofereciam vantagens indevidas a empresas em órgãos públicos, em troca de propinas para o financiamento de campanhas.

Para a Justiça Federal no Distrito Federal, Fachin enviou a parte de denúncia pelo crime de obstrução de Justiça que envolve Joesley Batista, Ricardo Saud, Lúcio Funaro, Roberta Funaro, Eduardo Cunha e Rodrigo Rocha Loures. Eles são acusados de participar de um esquema para comprar o silêncio de Funaro, evitando que o operador financeiro fechasse um acordo de delação premiada.

"A necessidade de prévia autorização da Câmara dos Deputados para processar o Presidente da República e Ministros de Estado não se comunica aos corréus", disse Fachin na decisão, divulgada na quarta-feira (1).

Em relação a Temer, Padilha e Moreira Franco, o ministro Edson Fachin oficializou a suspensão da tramitação da denúncia enquanto eles permaneçam em seus cargos. "Diante da negativa de autorização por parte da Câmara dos Deputados para o prosseguimento da denúncia formulada em desfavor do Presidente da República e dos aludidos ministros de Estado, o presente feito deverá permanecer suspenso enquanto durar o mandato presidencial e as investiduras nos respectivos cargos.                                                                                                                                                                                                                                     Secretaria vai doar home theater que seria instalado em cadeia     onde está Cabral    

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) decidiu doar todos os equipamentos da videoteca que seria instalada na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte do Rio, onde está preso o ex-governador Sérgio Cabral. Os aparelhos serão encaminhados para a organização Casa do Menor São Miguel Arcanjo, que funciona em Tinguá, no município de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense.

O equipamento é composto de uma televisão de 65 polegadas, home theater, aparelho de DVD, além de centenas de filmes que seriam usados pelos internos da cadeia pública, que recebeu vários políticos do estado presos na Operação Lava Jato.


Na terça-feira (31), o Ministério Público estadual abriu inquérito para investigar a instalação do equipamento na cadeia pública de Benfica. De acordo com a Seap, os eletroeletrônicos seriam doação da Igreja Batista do Méier. No entanto, a instituição esclareceu, por meio de nota, que não autorizou doação de aparelho eletrônico a qualquer complexo penitenciário.

A igreja disse ainda que investigará se algum membro da congregação se envolveu no episódio. "A Igreja tem por hábito rejeitar quaisquer ofertas, doações e legados, quando estes tenham origem, natureza ou finalidade que colidam com os princípios éticos e cristãos exarados na Bíblia Sagrada", destacou em nota.

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