



Seis agentes da 59ªDP ( Caxias) infiltrados entre as cerca de 500 pessoas que acompanharam o enterro do traficante, descobriram que Bruno Augusto da Silva e Douglas Constantino Gonçalves, estavam em um dos seis ônibus alugados para transportar moradores da Favela do Lixão até o cemitério. O veículo, que segundo a polícia foi fretado com dinheiro do tráfico de drogas, foi interceptado e os dois acabaram sendo presos.
Segundo os delegados André Leiras, da 59ª e Felipe Curi, diretor do Departamento Geral de Polícia da Baixada, Bruno e Douglas eram foragidos da justiça.
As horas que antecederam o sepultamento foram de tensão em Duque de Caxias. Parte do comércio do centro do município fechou as portas por volta das 13 horas. Por precaução, a Prefeitura de Caxias suspendeu às aulas em três escolas e uma creche,localizadas na favela do lixão e no entorno da comunidade. Até mesmo vendedores ambulantes resolveram voltar mais cedo para casa.
— Não dá para trabalhar tenso. A proteção está em primeiro lugar. Dinheiro eu deixo pra ganhar em um outro dia — disse uma ambulante, de 48 anos, enquanto desarmava sua barraca.
Para evitar depredações de ônibus, a Polícia Militar reforçou o policiamento do município com homens de seis batalhões da Baixada Fluminense e de PMs do batalhão de Choque. Dois caveirões foram posicionados em frente à Favela do Lixão, mas não houve confronto no local.
Charlinho do Lixão é filho do também traficante Charles Batista Silva, o Charles do Lixão.Preso na Penitenciária de Catanduvas,o bandido que pertence a cúpula da maior facção criminosa do Rio, chegou a pedir para ir ao enterro do filho.
Advogados do bandido tentaram um recurso que permitisse o deslocamento dele até o Rio, mas o Supremo Tribunal Federal rejeitou o pedido.
Em nome de Charlinho do Lixão, o Tribunal de Justiça havia expedido 12 mandados de prisão. O bandido era o atual chefe do comércio de drogas no Lixão. O Disque-Denúncia ( 2253-1177) oferecia uma recompensa de R$ 2 mil por informações que levassem até a sua prisão.
Na última terça-feira, policiais do serviço reservado do 15ºBPM (Caxias) localizaram Charlinho e mais quatro pessoas em uma casa, no largo da Covanca, em Caxias. O bandido reagiu a prisão e foi morto em uma troca de tiros. dentro da casa, os policiais encontraram dois fuzis, granas e munição.
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