Enterro do traficante Charlinho do Lixão tem tumulto, fogos, agentes infiltrados e prisões

Após o sepultamento de Charlinho do Lixão, um grupo de cem pessoas inicou um tumulto que foi cotrolado pela polícia Foto Domingos Peixoto / agência Globo .Enterro do traficante Charlinho do Lixão tem tumulto, fogos, agentes infiltrados e prisões: Duas pessoas suspeitas de integrar a quadrilha do traficante Charles Jackson Neres Batista, o Charlinho do Lixão, foram presas logo após o sepultamento do bandido, nesta quarta-feira, no Cemitério do Corte Oito, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.Polícia reforçou patrulhamento nas ruas de Duque de Caxias Foto Domingos Peixoto / agência Globo .A polícia descobriu que o corpo de Charlinho chegou a ser velado por algumas horas, em uma quadra da Favela Parque União, no Complexo da Maré, em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio.Parte do comércio fechou no Centro de Caxias. Foto Domingos Peixoto / agência Globo .O sepultamento aconteceu às 17h, após uma queima de fogos que durou aproximadamente dez minutos. Na saída do cemitério, um grupo de cem pessoas chegou a promover um tumulto ao fazer gestos com as mãos com as iniciais de uma facção criminosa. Ao encontrar o policiamento do 15º BPM (Caxias), houve confronto e  correria.Morte do traficante Chales do LixãoApós bombas de gás lacrimogênio serem usadas, a situação acabou sendo controlada.


Seis agentes da 59ªDP ( Caxias) infiltrados entre as cerca de 500 pessoas que acompanharam o enterro do traficante, descobriram que Bruno Augusto da Silva e Douglas Constantino Gonçalves, estavam em um dos seis ônibus alugados para transportar moradores da Favela do Lixão até o cemitério. O veículo, que segundo a polícia foi fretado com dinheiro do tráfico de drogas, foi interceptado e os dois acabaram sendo presos.
Segundo os delegados André Leiras, da 59ª e Felipe Curi, diretor do Departamento Geral de Polícia da Baixada, Bruno e Douglas eram foragidos da justiça.
As horas que antecederam o sepultamento foram de tensão em Duque de Caxias. Parte do comércio do centro do município fechou as portas por volta das 13 horas. Por precaução, a Prefeitura de Caxias suspendeu às aulas em três escolas e uma creche,localizadas na favela do lixão e no entorno da comunidade. Até mesmo vendedores ambulantes resolveram voltar mais cedo para casa.
— Não dá para trabalhar tenso. A proteção está em primeiro lugar. Dinheiro eu deixo pra ganhar em um outro dia — disse uma ambulante, de 48 anos, enquanto desarmava sua barraca.
Para evitar depredações de ônibus, a Polícia Militar reforçou o policiamento do município com homens de seis batalhões da Baixada Fluminense e de PMs do batalhão de Choque. Dois caveirões foram posicionados em frente à Favela do Lixão, mas não houve confronto no local.
Charlinho do Lixão é filho do também traficante Charles Batista Silva, o Charles do Lixão.Preso na Penitenciária de Catanduvas,o bandido que pertence a cúpula da maior facção criminosa do Rio, chegou a pedir para ir ao enterro do filho.
Advogados do bandido tentaram um recurso que permitisse o deslocamento dele até o Rio, mas o Supremo Tribunal Federal rejeitou o pedido.
Em nome de Charlinho do Lixão, o Tribunal de Justiça havia expedido 12 mandados de prisão. O bandido era o atual chefe do comércio de drogas no Lixão. O Disque-Denúncia ( 2253-1177) oferecia uma recompensa de R$ 2 mil por informações que levassem até a sua prisão.
Na última terça-feira, policiais do serviço reservado do 15ºBPM (Caxias) localizaram Charlinho e mais quatro pessoas em uma casa, no largo da Covanca, em Caxias. O bandido reagiu a prisão e foi morto em uma troca de tiros. dentro da casa, os policiais encontraram dois fuzis, granas e munição.





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