Fãs denunciam racismo e violência policial em show de Ludmilla: 'Dia de terror'
O que era para ser um dia de alegria, não terminou bem para algumas pessoas que estiveram no "Numanice", show de pagode da cantora Ludmilla, no último domingo (11), no Parque Harmonia, em Porto Alegre. Ao longo desta semana, alguns casos de violência e de racismo começaram a ser relatados nas redes sociais das vítimas. As principais denúncias dizem respeito à atuação da Polícia Civil, que estava com um posto de delegacia montado no local, e à abordagem dos seguranças do próprio evento.
Eriane Pacheco, uma das vítimas, conta que estava saindo do evento quando foi abordada por uma policial à paisana e acusada de ter "comportamento suspeito". A princípio, ela pensou ser um assalto. Depois entendeu que era uma abordagem quando outro policial mostrou o distintivo da Polícia Civil.
— Chegou um momento em que oito policiais estavam em volta de mim e ninguém me explicava nada, só gritavam. Fui empurrada, machucada durante uma revista e pegaram meu celular. Só me devolveram quando outro policial conferiu meu documento, deixou que eu me apresentasse e eu disse que fazia parte da Bancada Negra na ALERGS. Só fui saber o nome de alguns deles, o que é meu direito, quando minha amiga, que é branca, chegou e perguntou. Afirmo que foi racismo, porque eu era uma mulher negra saindo sozinha de um evento e isso foi considerado "atitude suspeita". Não apresentei resistência e teria colaborado se tivessem me explicado o que estava acontecendo, foi traumatizante — relembra Pacheco.
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